Gestão de pessoas - Como conduzir os nossos negócios com propósitos reais

Como conduzir bem os nossos negócios em 2022(*)

(*)Geraldo Drumond é consultor de empresas com ênfase em gestão estratégica, liderança e gestão de pessoas, com MBA em Administração estratégica, ex presidente da ACI e da ADENOR e atualmente presidente do Conselho Superior da ACI.

Numa análise mais ampla dos novos tempos que estamos vivendo, e pegando “carona no corona”, mesmo com todos os malefícios e dificuldades que esta pandemia nos causou e ainda tem causado, mas sem deixar de considerar as lições que todos temos tido, podemos afirmar que estes novos tempos, no mundo do trabalho,  se caracterizam por:

Aceleração das tecnologias digitais: transformação digital; atualize-se ou não sobreviva;

Necessidade de inovação e criatividade, e também uma enorme capacidade de resiliência, para aprender e reaprender com os erros e acertos;

Baixa motivação dos empregados e a imperiosa necessidade de busca por talentos;

Necessidade de redesenho dos processos, das equipes, das relações: nunca como agora precisamos tanto de pessoas capacitadas, motivadas e integradas e de processos ágeis, enxutos e racionais;

Ambidestria: este novo conceito que nos traz a necessidade de pensar e agir agora e também pensar e agir depois, ou seja, visão e ações  de curto prazo e visão e ações de longo prazo são essenciais;

Trabalho híbrido: presencial + remoto, buscando o equilíbrio que beneficie e traga ganhos tanto para a empresa como para o empregado;

Um mundo mais humano, mais digital, mais austero, na medida que recursos escassos em algumas atividades podem nos aproximar mais das pessoas, para entende-las melhor, e também tornar os nossos clientes  a cada dia mais criteriosos nos gastos e nos investimentos, num mundo cada dia mais digital;

Empatia total, obsessão por clientes, trabalhar para, com e com enorme foco em nossos clientes;

Futuros incertos, estratégias versáteis, times ágeis, o que nos faz crer que um mundo de enormes transformações demanda uma organização mais dinâmica, mais viva, mais ágil com estratégias e times que percebam, entendam e sejam aplicáveis e confiáveis neste novo universo corporativo.

 

Além, e também muito importante, a necessidade de ter gestores que percebam que todos tem dúvidas, que não se tem todas as respostas e que criar laços efetivos e afetivos com todas as pessoas , quer sejam clientes, colaboradores, investidores, sociedade, também é essencial.

Acredito que já há algum tempo, mesmo antes desta pandemia, vínhamos, muitos que convivem em ambientes corporativos, sentindo a necessidade de repensar e de viver novos ares nas empresas e organizações.

As estruturas hierarquizadas, a forma de liderar ainda, regra geral, com um viés mais autoritário e ainda não muito participativo, as relações de poder, o desgaste nas relações interpessoais, a forma de competir internamente, ainda predatória e não muito cooperativa, as relações entre os vários públicos das organizações, nem sempre com propósitos claros e transparentes, e outras questões mais, por mais que possam existir bons exemplos, e existem, não estavam atendendo, careciam, e ainda carecem, de novos ânimos, de novos ares, de um modus operandi que seja mais estimulante, que respeite, valorize e tenha e também dê o melhor das e para as pessoas em suas várias dimensões. E que venha 2022 com todas as suas nuances, que vamos estar preparados para aprender, desaprender, reaprender.

 

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